Venom transita entre bom e o ruim, mas cria esperanças para o futuro | Review
De tempos em tempos, os filmes de heróis vem sendo recorrentes e muito vistos nos cinemas, gerando bilheterias gigantes. Após ficar um tempo sem usufruir do universo do Amigão da Vizinhança, foi a vez da Sony lançar o seu divisor de expectadores: Venom.
É impossível negar que Venom não tenha grandes nomes em seu elenco, e essa foi uma das partes que mais deixaram o hype crescer nos fãs do simbionte. Tom Hardy faz uma atuação incrível, sua interação com o alienígena cativa e diverte, um dos pontos mais fortes do longa, e isso acaba ofuscando o resto do elenco. Riz Ahmed consegue fazer uma boa atuação, porém, tem motivações pouco exploradas e um tanto fracas por parte do roteiro, que o limita. Quem poderia estar melhor é a Michelle Williams, que é um grande ponto na vida do protagonista, mas não consegue cativar o público, é uma personagem totalmente esquecível, e culpa dela ser assim também é do roteiro. Mas, quem merece o framboesa de ouro de pior atuação é a Jenny Slate, que não esboça uma reação durante toda sua participação, é desagradável ver Hardy se empenhando tanto ao lado de uma atriz que pouco se importa em trazer algo bom.
Algo que incomoda é a variação de humor e personalidade de Brock, uma hora ele está muito para baixo, outra já está piadista sem freio, ele fica totalmente nulo.

Sobre a história do filme, eu não poderia usar palavra melhor para definir do que ‘genérica’, e qual a diferença desse para os filmes do Universo Cinematográfico da Marvel? Nenhuma, é um longa que se encaixaria perfeitamente, e isso MATA COMPLETAMENTE a grande diferença que esse filme poderia ter sido.
Ver a violência de ‘mentira’ do filme é algo terrível, cenas onde o Venom pode arrancar cabeças, comer uma pessoa por inteiro, arrancar membros e afins, não tem um sangue, simplesmente não tem nada. Logo no seu início, o diretor do longa, Ruben Fleischer, já havia dito em sua visão, o filme seria para maiores de 18 anos, do jeito que os fãs sempre sonharam em ver um filme de um dos maiores vilões do Aranha.
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Como já dito anteriormente, o que salva esse filme é o protagonista. Tom é carismático e consegue levar nas costas todos os problemas do filme, o que torna mais fácil de digerir o que tem em tela.
Ludwig Göransson faz um incrível trabalho com a trilha-sonora, se encaixa perfeitamente no filme, consegue deixar o público mais cativado com o filme. Também temos a presença de músicas cantadas, como por exemplo a feita especialmente para o filme pelo Eminem.
Sinceramente, a fotografia do filme é simples, nada que vá te fazer suspirar e querer colocar de capa no facebook, mas consegue ser boa e não atrapalha a construção do longa.
Uma das coisas que mais me agradou nesse filme são seus efeitos especiais, em boa parte, ele consegue ser ótimo e imersivo, poucos momentos ficam mais perceptíveis, mas não estragam o que é visto.
Concluindo, Venom só é mais um filme de herói. Na mesma qualidade de Homem de Ferro 3; não chega a ser uma Mulher-Gato, como vários haviam dito. Diverte, e para quem está acostumado com os últimos filmes da Marvel, isso já basta e muito; para quem quer algo mais violento e sombrio como Logan, vai acabar se decepcionando e muito com o longa. Mas, logo em sua primeira cena pós-crédito, nós vemos que, com suas falhas e a tentativa desesperada de tentar colocar esse universo no MCU, poderemos ter um futuro sombrio com o anti-herói, e isso anima até quem pode não ter gostado do filme.
Confira logo abaixo o trailer do filme e sua nota
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