Inseparáveis | review
Inseparáveis é uma “adaptação” argentina do filme francês, Intocáveis, que estourou nas telonas em 2012 como um dos maiores e mais recentes sucessos do cinema francês. Por isso, para discutir essa crítica em especial, precisarei falar antes no filme que inspirou a produção argentina desse ano.
O original francês não foi um sucesso à toa, tendo sido baseado em fatos reais, com uma história comovente e ao mesmo tempo bem humorada e divertida sobre um homem rico tetraplégico que contrata um homem do subúrbio sem papas na língua e sem nenhuma qualificação para ser seu assistente pois buscava alguém que não o tratasse com pena. Apesar de todas as diferenças, os dois homens que, cada um à sua maneira, são intocados pela sociedade, desenvolvem uma linda amizade que é garantida de emocionar qualquer platéia.
Eu já vi Intocáveis (o filme original) várias vezes, e ontem, ao assistir Inseparáveis, eu o vi de novo. O que eu esperava que fosse uma adaptação da história, com uma abordagem diferente e única, infelizmente não passou de um Cntrl + C e Cntrl + V do filme original. Com apenas alguns detalhes aqui e ali alterados, Inseparáveis reproduziu cenas inteiras de forma idêntica, repetindo por vezes até as mesmas falas.
Se o filme foi bom ou divertido de ver? Sim. Foi, porque o filme original foi, e se você nunca viu o filme francês você provavelmente vai gostar desse filme. Contudo, se você já viu o filme original, o único motivo que consigo imaginar para alguém querer assistir Inseparáveis seria se realmente quisesse praticar seu espanhol. Entendo que se trata de uma adaptação, e eles claro, atribuíram os créditos ao filme original no início do filme, mas eu não vejo o sentido de fazer um filme que possui quase zero criatividade e originalidade.
Se quiserem assistir Inseparáveis, o filme estreará dia 1 de junho nos cinemas e se não quiser ou não puder ir ao cinema, procure Intocáveis dublado em espanhol. Não fará grande diferença.
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